quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Deficiência Visual

DEFICIÊNCIA VISUAL

- Dificuldades específicas: Podemos dizer que fica muito mais difícil para a criança cega ou que possui baixa visão, elaborar um universo de objeto permanente, pois essa elaboração terá que ser feita através do tato e, por conseqüência disso,... Em relação aos exercícios matemáticos, disponibilizando o material necessário, este aluno não terá dificuldades, como por exemplo: utilização da máquina para realização de operações contendo raiz quadrada e equações e da caixa de números para fazer...
Para os alunos cegos, é necessário que a escola disponibilize: reglete amarela, reglete de iniciação ao braille, lousa de pré escrita, reglete com prancha, punção, máquina de escrever braille, caixa de aritmética, cubaritmo, ábaco, cubaco, ... Em qualquer explicação onde a lousa é utilizada, o professor deverá descrever oralmente aquilo que está sendo exposto. Em relação aos exercícios matemáticos, disponibilizando o material necessário, este aluno não terá dificuldades

Deficiência Visual
Falar de Inclusão é oferecer uma educação de qualidade a todos os alunos, inclusive aos que possuem deficiência é responder às necessidades de todos os alunos, à medida que elas aparecem juntamente com o aluno, sua família e os demais agentes do ato educativo. Isto é, com todos os personagens do entorno do aluno, incluindo demais alunos, pessoal de apoio das escolas, amiguinhos, namorada ou namorado.
Uma das maiores defensoras da educação inclusiva no Brasil, Maria Teresa Mantoan é crítica convicta das chamadas escolas especiais. Ironicamente, ela iniciou sua carreira como professora de educação especial e, como muitos, não achava possível educar alunos com deficiência em uma turma regular.
O que é inclusão?
É a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes de nós. A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção. É para o estudante com deficiência física, para os que têm comprometimento mental, para os superdotados, para todas as minorias e para a criança que é discriminada por qualquer outro motivo. Costumo dizer que estar junto é se aglomerar no cinema, no ônibus e até na sala de aula com pessoas que não conhecemos. Já inclusão é estar com, é interagir com o outro.

Que benefícios a inclusão traz a alunos e professores?
A escola tem que ser o reflexo da vida do lado de fora. O grande ganho, para todos, é viver a experiência da diferença. Se os estudantes não passam por isso na infância, mais tarde terão muita dificuldade de vencer os preconceitos. A inclusão possibilita aos que são discriminados pela deficiência, pela classe social ou pela cor que, por direito, ocupem o seu espaço na sociedade. Se isso não ocorrer, essas pessoas serão sempre dependentes e terão uma vida cidadã pela metade. Você não pode ter um lugar no mundo sem considerar o do outro, valorizando o que ele é e o que ele pode ser. Além disso, para nós, professores, o maior ganho está em garantir a todos o direito à educação.

O que faz uma escola ser inclusiva?
Em primeiro lugar, um bom projeto pedagógico, que começa pela reflexão. Diferentemente do que muitos possam pensar, inclusão é mais do que ter rampas e banheiros adaptados. A equipe da escola inclusiva deve discutir o motivo de tanta repetência e indisciplina, de os professores não darem conta do recado e de os pais não participarem. Um bom projeto valoriza a cultura, a história e as experiências anteriores da turma. As práticas pedagógicas também precisam ser revistas. Como as atividades são selecionadas e planejadas para que todos aprendam? Atualmente, muitas escolas diversificam o programa, mas esperam que no fim das contas todos tenham os mesmos resultados. Os alunos precisam de liberdade para aprender do seu modo, de acordo com as suas condições. E isso vale para os estudantes com deficiência ou não.

Como está a inclusão no Brasil hoje?
Estamos caminhando devagar. O maior problema é que as redes de ensino e as escolas não cumprem a lei. A nossa Constituição garante desde 1988 o acesso de todos ao Ensino Fundamental, sendo que alunos com necessidades especiais devem receber atendimento especializado preferencialmente na escola , que não substitui o ensino regular. Há outra questão, um movimento de resistência que tenta impedir a inclusão de caminhar: a força corporativa de instituições especializadas, principalmente em deficiência mental. Muita gente continua acreditando que o melhor é excluir, manter as crianças em escolas especiais, que dão ensino adaptado. Mas já avançamos. Hoje todo mundo sabe que elas têm o direito de ir para a escola regular. Estamos num processo de conscientização.


A escola precisa se adaptar para a inclusão?
Além de fazer adaptações físicas, a escola precisa oferecer atendimento educacional especializado paralelamente às aulas regulares, de preferência no mesmo local. Assim, uma criança cega, por exemplo, assiste às aulas com os colegas que enxergam e, no contraturno, treina mobilidade, locomoção, uso da linguagem braile e de instrumentos como o soroban, para fazer contas. Tudo isso ajuda na sua integração dentro e fora da escola.

Como garantir atendimento especializado se a escola não oferece condições?
A escola pública que não recebe apoio pedagógico ou verba tem como opção fazer parcerias com entidades de educação especial, disponíveis na maioria das redes. Enquanto isso, a direção tem que continuar exigindo dos dirigentes o apoio previsto em lei. Na particular, o serviço especializado também pode vir por meio de parcerias e deve ser oferecido sem ônus para os pais.

Estudantes com deficiência mental severa podem estudar em uma classe regular?
Sem dúvida. A inclusão não admite qualquer tipo de discriminação, e os mais excluídos sempre são os que têm deficiências graves. No Canadá, vi um garoto que ia de maca para a escola e, apesar do raciocínio comprometido, era respeitado pelos colegas, integrado à turma e participativo. Há casos, no entanto, em que a criança não consegue interagir porque está em surto e precisa ser tratada. Para que o professor saiba o momento adequado de encaminhá-la a um tratamento, é importante manter vínculos com os atendimentos clínico e especializado.

A avaliação de alunos com deficiência mental deve ser diferenciada?
Não. Uma boa avaliação é aquela planejada para todos, em que o aluno aprende a analisar a sua produção de forma crítica e autônoma. Ele deve dizer o que aprendeu, o que acha interessante estudar e como o conhecimento adquirido modifica a sua vida. Avaliar estudantes emancipados é, por exemplo, pedir para que eles próprios inventem uma prova. Assim, mostram o quanto assimilaram um conteúdo. Aplicar testes com consulta também é muito mais produtivo do que cobrar decoreba. A função da avaliação não é medir se a criança chegou a um determinado ponto, mas se ela cresceu. Esse mérito vem do esforço pessoal para vencer as suas limitações, e não da comparação aos demais.

Um professor sem capacitação pode ensinar alunos com deficiência?
Sim. O papel do professor é ser regente de classe, e não especialista em deficiência. Essa responsabilidade é da equipe de atendimento especializado. Não pode haver confusão. Uma criança surda, por exemplo, aprende com o especialista libras (língua brasileira de sinais) e leitura labial. Para ser alfabetizada em língua portuguesa para surdos, conhecida como L2, a criança é atendida por um professor de língua portuguesa capacitado para isso. A função do regente é trabalhar os conteúdos, mas as parcerias entre os profissionais são muito produtivas. Se na turma há uma criança surda e o professor regente vai dar uma aula sobre o Egito, o especialista mostra à criança com antecedência fotos, gravuras e vídeos sobre o assunto. O professor de L2 dá o significado de novos vocábulos, como pirâmide e faraó. Na hora da aula, o material de apoio visual, textos e leitura labial facilitam a compreensão do conteúdo.


Como ensinar cegos e surdos sem dominar o braile e a língua de sinais?
É até positivo que o professor de uma criança surda não saiba libras, porque ela tem que entender a língua portuguesa escrita. Ter noções de libras facilita a comunicação, mas não é essencial para a aula. No caso de ter um cego na turma, o professor não precisa dominar o braile, porque quem escreve é o aluno. Ele pode até aprender, se achar que precisa para corrigir textos, mas há a opção de pedir ajuda ao especialista. Só não acho necessário ensinar libras e braile na formação inicial do docente.

O professor pode se recusar a lecionar para turmas inclusivas?
Não, mesmo que a escola não ofereça estrutura. As redes de ensino não estão dando às escolas e aos professores o que é necessário para um bom trabalho. Muitos evitam reclamar por medo de perder o emprego ou de sofrer perseguição. Mas eles têm que recorrer à ajuda que está disponível, o sindicato, por exemplo, onde legalmente expõem como estão sendo prejudicados profissionalmente. Os pais e os líderes comunitários também podem promover um diálogo com as redes, fazendo pressão para o cumprimento da lei.
Há fiscalização para garantir que as escolas sejam inclusivas?
O Ministério Público fiscaliza, geralmente com base em denúncias, para garantir o cumprimento da lei. O Ministério da Educação, por meio da Secretaria de Educação Especial, atualmente não tem como preocupação punir, mas levar as escolas a entender o seu papel e a lei e a agir para colocar tudo isso em prática.O sistema Braille é um processo de escrita e leitura baseado em 64 símbolos em relevo, resultantes da combinação de até seis pontos dispostos em duas colunas de três pontos cada. Pode-se fazer a representação tanto de letras, como algarismos e sinais de pontuação. Ele é utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão, e a leitura é feita da esquerda para a direita, ao toque de uma ou duas mãos ao mesmo tempo.Neste ano, comemora-se o bicentenário do nascimento de Louis Braille (1809 – 1852), que criou o código aos 16 anos, após ter perdido a visão na infância, aos 3 anos. Ele teve o olho perfurado por uma ferramenta na oficina do pai, que trabalhava com couro. Após o incidente, o menino teve uma infecção grave, resultando em cegueira nos dois olhos.O Brasil conhece o sistema desde 1854, data da inauguração do Instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro, chamado, à época, Imperial Instituto dos Meninos Cegos. Fundado por D. Pedro II, o instituto já tinha como missão a educação e profissionalização das pessoas com deficiência visual. “O Brasil foi o primeiro país da América Latina a adotar o sistema, trazido por José Álvares de Azevedo, jovem cego que teve contato com o Braille em Paris”, conta a pedagoga Maria Cristina Nassif, especialista no ensino para deficiente visual da Fundação Dorina Nowill.
INCIDÊNCIA
Dados da Organização Mundial de Saúde revelam a existência de aproximadamente 40 milhões de pessoas deficientes visuais no mundo, dos quais 75% são provenientes de regiões consideradas em desenvolvimento.
O Brasil, segundo essa mesma fonte, deve apresentar taxa de incidência de deficiência visual entre 1,0 a 1,5% da população, sendo de uma entre 3.000 crianças com cegueira, e de uma entre 500 crianças com baixa visão e de 20% de pessoas totalmente cegas.

CAUSAS MAIS FREQUENTES
Causa Congênitas: Retinopatia da Prematuridade, graus III, IV ou V – (por imaturidade da retina em virtude de parto prematuro, ou por excesso de oxigênio na incubadora).
• Corioretinite, por toxoplasmose na gestação.
• Catarata congênita (rubéola, infecção na gestação ou hereditária).
• Glaucoma congênito (hereditário ou por infecções).
• Atrofia óptica por problema de parto (hipoxia, anoxia ou infecções perinatais).
• Degeneração retinianas (Síndrome de Leber, doenças hereditárias ou diabetes).
• Deficiência visual cortical (encefalopatias, alterações de sistema nervoso central ou convulsões).
Causas Adquiridas:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Programa de Capacitação de Recursos Humanos do Ensino Fundamental – Deficiência Visual. Série Atualidades Pedagógicas, 6, vol. 1. Brasília: MEC/SEESP,2001.
SÃO PAULO. O deficiente visual na classe comum. São Paulo: SE/CENP,1987.
http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/inclusao-no-brasil/maria-teresa-egler-mantoan-424431.shtml
http://awinclusao.blogspot.com/

sábado, 6 de fevereiro de 2010

As TICs como recursos pedegógicos

Hoje em dia o professor dispõe de diversos recursos para melhorar sua comunicação com os alunos, de introduzir conteúdos, o docente pode procurar a melhor forma de integrar as mais diversas tecnologias e metodologias, para tanto é necessário que o mesmo tenha o domínio, o conhecimento tecnológico para que ocorra uma mudança qualitativa no processo ensino aprendizagem. A sociedade hoje busca por novas formas de aprender e ensinar e a relação professor aluno são muito importantes, pois os alunos sabem quando o professor gosta de ensinar e principalmente quando gostam deles, temos acesso a programas que permitem a criação de ambientes virtuais e que facilitam a interação entre professor e aluno, o aluno motivado torna-se mais participativo e aprender de forma colaborativa é bem mais interessante. E as tecnologias por si só não faz muito, depende muito do uso que se faz delas. O professor deve procurar meios que levem os alunos a se tornarem críticos em relação a eles, desta forma o educador torna-se o estimulador, o parceiro do processo ensino aprendizagem e deixa de ser simples transmissor do conhecimento. E as tecnologias estimulam o educador a criar projetos pedagógicos utilizando as mais diversas mídias e tecnologias proporcionando maior interatividade, essa comunicação se dá através do e-mail, do blog, da internet, no chat, na sala de aula ajudando o aluno na construção de sua identidade, na vida pessoal e profissional, alias todos estamos reaprendendo a aprender,a ensinar e a nos comunicar. Para tanto o professor deve buscar equilíbrio entre as tecnologias e conhecimento curricular e suas potencialidades educacionais.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A INFORMÁTICA, AS MULTIMIDIAS E OS HIPERTEXTOS NO ENSINO

INTRODUÇÃO

Hoje temos um número significativo de professores desenvolvendo projetos e atividades mediados por tecnologias, mas ainda existem muitos professores e escolas em busca de saber como utilizar pedagogicamente os recursos tecnológicos. O uso pedagógico das tecnologias ocorre de forma esporádica como para digitar uma prova, um trabalho, ilustrar um conteúdo, ou seja, para tornar as aulas mais interessantes e atrativas. Ultimamente é notável o amadurecimento do processo de implantação e o avanço da integração das tecnologias na atualidade, em busca de integrar as tecnologias com os conteúdos curriculares, através de novas perspectivas de ensinar e aprender, no entanto um dos fatores para que isso ocorra de forma adequada é necessário superar a falta de domínio técnico pedagógico para se fazer a gestão das TICs no contexto de ensino e aprendizagem.Portanto faz necessário compreender as diferentes formas de representação e comunicação propiciadas pelas tecnologias disponíveis nas escolas.

A rede tecnológica por si mesma não garante mudanças na educação,ou seja, no processo ensino aprendizagem, embora propicie novas formas de lidar com a informação, de produzir conhecimento e de estabelecer comunicação entre as pessoas, permitindo conexões entre pessoas, idéias, conceitos, crenças e valores.

O uso das tecnologias da informação e comunicação para a criação de redes de conhecimentos favorece a democratização do acesso à informação, a troca de informações e experiências, a compreensão crítica da realidade e o desenvolvimento humano, social, cultural e educacional. Tudo isso poderá levar à criação de uma sociedade mais justa e igualitária.

Entre as qualidades das multimídias segundo Alonso e Gallego : interatividade facilita a comunicação recíproca permitindo ao usuário buscar informação de forma personalizada e responder a diferentes questionamentos; a ramificação que possibilita acessar de forma diferenciada os múltiplos dados disponíveis ; transparência proporciona rapidez na acessibilidade e simplicidade de manejo pelos usuários; navegação que simboliza toda atividade multimidiatica, uma vez que os usuários navegam por um mar de informações


DESENVOLVIMENTO

Hoje a sociedade demanda por novas competências para aprender, ensinar, trabalhar e de relacionamentos com as demais pessoas.

"Competência é a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos (saberes, capacidades, informações etc.) para solucionar uma série de situações". (PERRENOUD, 2000)

O autor apresenta o que é imprescindível saber para ensinar bem em uma sociedade em que o conhecimento está cada vez mais acessível:

1) organizar e dirigir situações de aprendizagem;

2) administrar a progressão das aprendizagens;

3) conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação;

4) envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho;

5) trabalhar em equipe;

6) participar da administração escolar;

7) informar e envolver os pais;

8) utilizar novas tecnologias;

9) enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão; e

10) administrar a própria formação.

O uso das tecnologias da informação e comunicação pode imprimir na educação tanto a "modernização" como a "mudança" (ALMEIDA, 2003): A modernização está relacionada com a implantação de infraestrutura tecnológica, como redes de computadores, laboratórios de informática, acesso à Internet, bem como à disponibilização de recursos multimídia para alunos e professores, tais como lousas eletrônicas ou projetores multimídia.

A mudança pedagógica está proximamente relacionada com as raízes mais profundas na educação e na emergência de novos paradigmas educacionais.A escola é desfiada a ultrapassar o lógica da exclusão social, digital, da pobreza e da violência em busca de oportunidades de acesso e utilização de novas mídias e das TICs. As tecnologias multimídias assumem uma participação primordial no processo de aprendizagem e na assimilação dos conhecimentos a multimídia possibilita o uso de diferentes formatos na apresentação de informação como textos gráficos animação vídeo e som , a hipermídia permiti utilizar no computador de forma interativa e ordenada todos os códigos simbólicos ( textos, imagens, fotografias, som), já o hipertexto é considerado um subtipo de material hipermídia incluindo não somente o texto mas tambem a possibilidade de trabalhar com gráficos e incorporar também outros meios técnicos como som imagens escaneadas , imagens em movimento e diagramas.

Atualmente muitos são os avanços nas tecnologias aplicadas à área educacional ampliando significativamente as fronteiras e as possibilidades para a educação. As várias teorias pedagógicas modernas buscam levar em consideração a importância das tecnologias, em especial da chamada Tecnologia da Informação e Comunicação, inclusive com relação aos cursos na modalidade a distância . Nestes cursos é necessário e indispensável disponibilizar ambientes virtuais de aprendizagem que permitam a utilização de materiais didáticos interativos usando a chamada hipermídia (multimídia com hipertexto).

A tática está na construção, organização, armazenamento e disponibilização de objetos educacionais para a comunidade acadêmica, desenvolvendo também um modelo para o uso em um repositório destes elementos educacionais para publicação.

Esta forma de divulgação e distribuição associada ao uso de tecnologias educacionais, possibilita uma melhoria no processo de ensino e aprendizagem. Neste trabalho também se coloca uma proposta de avaliação pedagógica de alguns objetos de aprendizagem construídos para a área estudantil, que consiste na aplicação de uma lista de verificação de uso e de funcionalidades aos usuários do repositório.

Este estudo possibilitará verificar a integração entre a usabilidade dos objetos educacionais e a aprendizagem com base na avaliação da qualidade pedagógica afim de que contribua efetivamente no processo de ensino e aprendizagem. Muito tem sido discutido acerca da chamada Tecnologia da Informação e da Comunicação, seus métodos, técnicas e eficiência na educação. A construção de ambientes virtuais para o ensino e aprendizagem é realidade atual e, portanto, é necessário e indispensável disponibilizar conteúdos hipermediáticos interativos reaproveitáveis. No contexto aqui colocado, hipermídia é a combinação de multimídia e hipertexto.

Os esforços têm sido na busca por uma proposta para descrever dados que podem ser utilizados para identificar e descrever características comuns entre diferentes documentos padronizados e independente de sistemas para os chamados objetos educacionais. Esta proposta tem como propósito facilitar a busca, a avaliação, à aquisição e o uso destes objetos por estudantes ou instrutores ou mesmo por processos de software. Sendo padrão, também facilitará o compartilhamento e o intercâmbio de objetos de aprendizagem, permitindo o desenvolvimento de diversas mídias muito mais rápido e objetivo.

A proposta está na construção de uma metodologia orientada com objetos de apoiar a criação, organização, armazenamento e disponibilização de conteúdos com uso de padrões. No âmbito do trabalho aqui descrito, emergem idéias de criação de uma rede de geração de conhecimentos na forma de objetos de aprendizagem para a formação de professores, visando o apoio à formação de recursos humanos, associados à busca de recursos pedagógicos, para a aplicação correta e coerente destes elementos educacionais.

A construção desta coleção de objetos educacionais permite o desenvolvimento de sistemas de aprendizagem capazes de prover aos estudantes o conhecimento em qualquer momento e em qualquer lugar.

Assim, estes objetos reutilizáveis podem alcançar:

  • Acessibilidade: que dá a possibilidade de acesso em diversos locais dando facilidade em utilizar os componentes em plataformas diferentes e independentes; e
  • Durabilidade: contínuo uso da linguagem sem recodificação mesmo com mudanças na base tecnológica.
No entanto a construção destes ambientes não é um processo trivial de organização de material didático e muito menos, mera transcrição de livros em novo formato. Requer muito esforço envolvendo recursos humanos e financeiros.

A contribuição didática às pesquisas em informática na educação, especificamente aos ambientes interativos de aprendizagem, é geralmente de ordem teórica. Uma das preocupações do projeto está na integração entre a usabilidade e a aprendizagem. Os objetivos de fazer este estudo de desenvolvimento sistematizado são proporcionar funcionalidades que supram as necessidades dos usuários e buscar a intuitividade, a facilidade e a eficiência na sua utilização.

Nos recursos educacionais, as interfaces dos mecanismos de divulgação devem ser criativas e atrativas para os usuários que devem estar em consonância com a aprendizagem do sistema, isto é, aprender o sistema e utilidades do sistema e aprendizagem de conceitos, a partir da manipulação dos objetos educacionais do repositório. O exemplo da utilização das TICs é o blog um instrumento que o mundo aprendeu a conhecer como ferramenta de maior diversidade interpretativa e conseqüentemente de ampla mobilização humana. Trata-se de um meio que possibilita expressar idéias opinar e informar. Com essa demonstração da vontade de comunicar usuários da tecnologias assume papel ao mesmo tempo de emissor e receptor,ou seja, é capaz de receber e também produzir informação , sem a exigência de possuir grandes conhecimentos em informática.


CONCLUSÃO

A informática cada vez mais ocupa um papel de grande relevância no contexto educacional e leva a mudanças estruturais e funcionais, impondo-se como necessária no projeto político pedagógico das escolas. O computador, mais do que oferecer possibilidades de pesquisa e informação, revela um grande potencial de comunicação, facilitando o processo de aprendizagem, provocando mudanças significativas na relação professo aluno e na apresentação dos conteúdos.

De acordo com (FRÓES) “Os recursos atuais da tecnologia, os novos meios digitais: a multimídia, a Internet, as telemáticas trazem novas formas de ler, de escrever e, portanto, de pensar e agir. O simples uso de um editor de textos mostra como alguém pode registrar seu pensamento de forma distinta daquela do texto manuscrito ou mesmo datilografado, provocando no indivíduo uma forma diferente de ler e interpretar o que escreve, forma esta que se associa, ora como causa, ora como conseqüência, a um pensar diferente.”

A Tecnologia não causa mudanças apenas no que fazemos, mas também em nosso comportamento, na forma como elaboramos conhecimentos e no nosso relacionamento com o mundo. Na escola não é diferente, as TICS facilitam ao usuário a construção da aprendizagem de forma interativa e motivante . Investimentos são necessários no sentido de montar a infra estrutura tecnológica nas escolas e de preparar professores e alunos para a utilização dos múltiplos meios, permitindo a inclusão digital capaz de dinamizar o ensino e possibilitar o acesso de forma mais democrática ao conhecimento. O uso da informática nas escolas, segundo BORBA, deve ser visto como um direito, e a alfabetização tecnológica, em função dos benefícios que as TICS trazem ao ensino, já se impõem como uma questão de cidadania.



BIBLIOGRAFIA


ALMEIDA, Maria Elisabeth Bianconcini. Tecnologias e Gestão do Conhecimento na Escola. In:

PERRENOUD, Philippe. 10 Novas Competências para Ensinar. Porto Alegre: Editora Artmed. 2000.

VIEIRA, Alexandre Thomaz; ALMEIDA, Maria Elisabeth Bianconcini ; ALONSO, Myrtes (organizadores). Gestão educacional e tecnologia. São Paulo: Avercamp, 2003. p.113-130.

www.eproinfo.mec.gov.br.